Pião

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jogando ao pião
Créditos:
  1. Neste jogo utiliza-se pião e baraça.
  2. Faz-se um círculo no chão com cerca de um metro e meio de raio, para onde todos os concorrentes lançam o pião, segundo uma ordem sorteada.
  3. O concorrente cujo pião ficar dentro do círculo, depois do movimento de rotação, será arredado do jogo, deixando lá o pião que os restantes concorrentes, um de cada vez, tentarão deitar fora. O que isto conseguir ganha cinquenta pontos.
  4. É permitido no acto de lançamento “nicar” o pião que está dentro do círculo.
  5. O pião pode ser “aparado” pelo concorrente que, depois de o pôr a dançar na palma da mão, tenta atirá-lo contra o que está no chão, para o fazer sair fora do círculo, de maneira que o seu também saia.
  6. O jogo tem três séries de lançamentos, vencendo o jogador com mais pontos.

É um jogo antiquíssimo que ainda hoje se pratica, embora cada vez menos, por todo o mundo. A forma habitual do pião é uma esfera de madeira com a parte inferior em cone rematado por uma ponta metálica, geralmente um prego, e com a parte superior achatada, tendo ao meio uma pequena cauda ou saliência também de madeira. O pião joga-se com uma das mãos, lançando-o para o chão, sem deixar escapar o cordel (baraça) que se tinha enrolado à sua volta, a partir da ponta metálica (ferrão). Sabe-se que na Malásia o pião é mais baixo e largo que em Portugal, o que lhe permite dançar (dormir) durante mais de quinze minutos. Noutros países, é escavado por dentro, oco, e com aberturas, podendo assim emitir sons musicais. Em Trás-os-Montes e Alto Douro havia o costume de suspender o jogo, durante a Quaresma, pois se dizia que jogar o pião seria “picar o corpo de Cristo”. Diz-se em Torgueda (Vila Real): nos Lázaros, pião aos telhados. Após um período de desinteresse, mais ou menos após a II Guerra Mundial, o pião volta a jogar-se com entusiasmo em alguns pontos da região transmontana e duriense, a partir dessa grande festa que foram os I Jogos Populares Transmontanos, em 1977, e por estímulo de outras festas de jogos organizadas pelo Centro Cultural Regional de Vila Real.