O material é constituído por quatro paus forcados e dois simples, com 60 cm cada um, e mais cinco varas, a medir cada uma 1,60 m. Formam-se duas pirâmides triangulares, os frades, com três paus de 60 cm (dois forcados e um simples), cada uma, distanciadas em 15 m.
O jogo pratica-se em terreno duro e liso, com lances rasteiros, a fim de evitar acidentes. São duas as equipas, cada uma constituída por três elementos.
Dois de cada equipa servem-se de varas para defenderem os respectivos frades. O terceiro participante atira o pau, que deve ser sempre o mesmo, para o frade adversário. Os defensores deste, um de cada lado, utilizam as varas para impedir que seja atingido; no caso de falharem, perdem um ponto em favor da equipa que fez o lançamento, tendo ainda a seguinte penalização: o seu terceiro elemento tem de ir agarrar o autor do lançamento, que foge ao pé coxinho, e trazê-lo às costas até ao frade.
Apura-se a equipa vencedora de duas maneiras: a que fizer primeiro, por exemplo, vinte derrubes do frade; ou a que, ao fim de certo tempo, vinte minutos, por exemplo, conseguir mais derrubes.
De notar que o jogador que atira o pau pode não ser o mesmo durante o jogo; e que, no meio deste, as equipas mudam de campo.
Curioso o diálogo que o lançador do pau trava com o seu adversário:
– Quem guarda o frade?
– Está cá quem.
– Se se lhe der na mona?
– Faz muito bem.
Notas
Jogo recolhido pelo Centro de Convívio de Carvalho (Vila Nova de Poiares) e divulgado pela delegação da DGD de Coimbra. Praticavam-no os pastores, há cerca de setenta anos, pelo fim da tarde, à entrada da aldeia, quando regressavam da serra com o gado. Hoje revive-se durante as festas.