Várias crianças agacham-se com as mãos agarradas debaixo das coxas. São os Potinhos. Junto delas está outra criança que faz de Porta.
A curta distância, encontram-se, a um lado, a criança que representa Nossa Senhora e a que faz de Diabo; a outro lado, três círculos – Céu, Purgatório e Inferno –, cujo significado só a Porta conhece. Alternadamente, Nossa Senhora e o Diabo dirigem-se para a Porta, batendo-lhe ligeiramente nas costas.
Com Nossa Senhora e a Porta o diálogo é o seguinte:
– Truz, truz, truz.
– Quem é?
– É Nossa Senhora.
– E o que queres?
– Quero um Potinho.
– De que cor?
Nossa Senhora diz a cor que entender. Cada Potinho tem o nome de uma cor que só a Porta conhece. Nossa Senhora ou a Porta começam, então, a bater levemente na cabeça de cada Potinho. Aquele que corresponder à cor dita por Nossa Senhora, diz:
– Trrim!
Nossa Senhora e a Porta pegam-lhe então nos braços e levam-no, suspenso, até junto dos três círculos. O processo repete-se com os outros Potinhos.
O diálogo entre o Diabo e a Porta é assim:
– Truz, truz, truz!
– Quem é?
– É o Diabo.
– E o que queres?
– Chouriço.
A Porta corre atrás do Diabo, batendo-lhe, até ele entrar na sua casa.
Quando os Potinhos estiverem todos junto dos círculos, a Porta pergunta a Nossa Senhora:
– Para onde os queres levar?
Nossa Senhora pode escolher o mesmo círculo para todos ou círculos diferentes. Os que entrarem nos círculos que representam o Inferno e o Purgatório perdem o jogo e os que entrarem no círculo do Céu ganham.