Corrida de Cestos Vindimos

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corrida de cestos vindimos
Créditos:

As vindimas são a maior festa natural do Douro. Trabalha-se e brinca-se ao mesmo tempo. Um cacho de uvas na mão ou a caminho do lagar é uma promessa. Canta-se à vinda do trabalho, dança-se, à noite, num terreiro, onde se puder dançar, e os pró­prios instrumentos de trabalho dão origem ao jogo. É o que acontece, por exemplo, com os cestos vindimos, de forma alongada, mais largos em cima do que na base. O jogo começa logo durante a faina do transporte das uvas às costas. Há, por vezes, um carregador que, sendo ou fazendo-se mais valente, quer andar mais depressa do que o outro e, se este não se conforma nasce o desafio: é o jogo que, depois, pode fazer-se com os cestos vazios.

1. Utilizam-se cestos vindimos, mais ou menos iguais e vazios.

2. Usa-se trouxa ou não, como no trabalho, mas as mãos têm de ir a segurar a asa frontal do cesto.

3. Os concorrentes alinham na raia de partida e, a um sinal, partem em direcção a uma meta, vencendo o primeiro que lá chegar.

4. É desclassificado aquele que impedir voluntariamente a corrida de outro, o que retirar as mãos das asas do cesto e o que não mantiver este na posição normal de trabalho.

Notas

Este jogo e a Corrida de Almudes integraram os I Jogos Populares da Vinha e do Vinho, numa organização da Casa do Douro, com a colaboração do Centro Cultural Regio­nal de Vila Real.